OBJETOS VOADORES: Navegando e caindo em solo Piauiense
Por Flávio Tobler*
1. “DERRUBANDO” AS BARREIRAS DO CETICISMO
Nesse imenso continente em que habitamos e
aprendemos a amar, mesmo com tamanhas dificuldades que nossos governantes
encontram a cada
dia na busca de soluções
para uma infinidade de questões sociais, vejo grandes avanços
em muitos campos das ciências e de áreas afins. Bem como numa
mudança de comportamento em nossa população, que parece
indicar um amadurecimento na forma de pensar sobre questões de vida
fora do nosso sistema planetário. Antes, certas instituições
religiosas e outros órgãos governamentais ou não, impunham
muitas restrições e tabus que eram muitas vezes atribuídos
as “forças demoníacas”.
De alguma forma, existia uma “ditadura” que era imposta sobre a
população. Algumas delas começavam na própria residência
sobre os olhares dos familiares que não mediam esforços para
silenciar o individuo que teve uma experiência “do outro mundo”.
Quando não era taxado do louco, perturbado ou algo parecido. Suas experiências
eram oprimidas no próprio recinto familiar. Ainda hoje carregamos um
pouco de tudo isso.
A mídia evoluiu, e em seu crescimento, agregou fatores importantes para
comparar e relatar certos acontecimentos que mostraram a população
um fundo de verdade em muitas coisas. O que antes se mostrava fruto da imaginação,
miragem e alucinação passaram a ter evidencias de que algo estaria
e ainda ocorre com muitos dos “escolhidos” ou “direcionados” para
experiências às vezes de forma alucinante aos padrões terrenos.
Mas hoje, os equipamentos eletrônicos vieram a dar um peso sustentável
aos ditos “casos do outro mundo”. Desta forma, foram caindo um
a um tudo que se atribuía as “forcas demoníacas”,
alucinação ou loucura. O registro de uma máquina se transformou
num “cala boca” de muitos que ridicularizavam e gozavam daqueles
que descreviam os seus encontros extraterrenos.
O fator fundamental foi em atribuir que nenhum aparelho possa registrar além
daquilo que realmente aconteceu. Em sua lente, sensor ou instrumento qualquer
de leitura, a peça principal está no arquivamento do fato, do
acontecido. Cabe ao homem comparar, analisar e interpretar pelo seu conhecimento,
se o que foi registrado se encaixa ao algo que conhecemos. Descartada a hipótese
de uma realidade nossa, então deve ser comparada a outros fatos acontecidos
em equipamentos semelhantes.
Todo esse processo resulta numa metodologia que deve diagnosticar que a experiência
foi verdadeira. O fato aconteceu, e as explicações irão
evoluir juntamente com o progresso e avanço do conhecimento cientifico
e da própria humanidade. Os conceitos, liberdade de pensamento e outros
fatores vão determinar uma infinidade de respostas. Estas formarão
um banco de dado virtual, indispensável para um denominador comum. As
evidencias e rastros, os registros eletrônicos e fotográficos
oriundos de experiências pessoais ou coletivas, consolidarão a
prova argumentável e palpável de uma realidade, ou de outra que
até então desconhecíamos.
Se estes fatos ainda assim, não se tornem aceitáveis por muitos,
cabe a nós pesquisadores, encontramos outras formas de “calar” os
céticos. O caminho certo não é somente da palavra, do
registro, da imagem, mais do palpável, do material, daquilo que derrube
o “muro” que no separa do “outro lado”. O lado da verdade,
livre de (pré) conceitos religiosos e científicos (pré)
estabelecidos.
2. O DESPREPARO NACIONAL PARA FATOS
UFOLÓGICOS
Não se torna agradável em fazer esta afirmação
acima. Pode-se inicialmente, demonstrar um ar de descontentamento em torno
daqueles que investigam fenômenos ufológicos. Mas os investigadores
ou pesquisadores dos óvnis, procuram averiguar a parte disponível
que lhe competem. Quem dera a nós piauienses sermos os primeiros a terem
provas matérias de artefatos extraterrestres. Mesmo que tivéssemos,
não seria por esse meio a principio, de informar sobre estes acontecimentos.
Já sabemos quais as implicações decorrentes deste fato,
se este não forem caracterizado de uma forma estratégica e substancial.
O que de fato tem se observado, é o despreparo ainda de grande parte
da população em lidar com acontecimentos estranhos. Seja ufológico,
sobrenatural, o certo é que poucas ações de registro ou
nenhuma em grande parte, encontram-se presente no seio das camadas sociais
de uma grande ou pequena cidade. Grande culpado nesta história são
os órgãos de desinformação e acobertamento, que
egoisticamente Mantém-se “silenciado” em nome das grandes
potencias mundiais. Usufruem informações e prováveis provas
matérias de uma realidade já presente e ignorada por muitos.
Imagino que o choque pode ser muito maior diante de acontecimentos imprevistos
que sacudam o mundo a qualquer momento.
Fatos que agitaram o Brasil e o mundo foi o caso varginha. Tamanha repercussão
a nível internacional, mostrou como estamos despreparados para tamanhas
revelações. Várias ações militares estiveram
presentes naquele município, promovendo gigantesca caçada aos
seres que supostamente eram oriundos de uma nave que caiu ou foi abatida. Acredito
plenamente que muitos equipamentos de registros de áudio e vídeo
estavam disponíveis para serem usados pelos seus respectivos donos,
e não usaram.
A população não teve a menor sensibilidade para o fato
de suma importância. O que restou foi o jogo de palavra do mais forte
(militar) para o mais fraco (povo). Em quem acreditar a principio! Será que
a força da mídia não foi capaz de induzir a sociedade
brasileira a aceitar o fato como verdadeiro. Se alguém tivesse a intuição
de gravar parte da operação realizada naquela cidade, dificultaria
e muito em negar as evidencias. Talvez encontrariam outro argumento para justificar
os fatos. Se isso de fato tivesse acontecido, seria mais palpável em
aceitar a idéia de que “onde há fumaça existe fogo”.
De que lado “corre a chama” era função da opinião
pública.
Até quando iremos continuarmos “abobalhados” para fatos
importantes como estes! A cada dia vemos pela mídia em geral, o avanço
da tecnologia no registro de imagens e sons. Máquinas fotográficas
digitais, celulares, filmadoras que cabem na palma da mão, e tantas
outras infinidades de recursos disponíveis para uso pessoal ou profissionais.
Temos que aceitar ainda, a idéia de que muitos dos contatos acontecem
em locais isolados e distantes. Mais fatos importante também ocorre
bem diante dos nossos olhos e deixamos “escaparem”. Aqui no Piauí,
Estado com um gigantesco cenário ufológico, alguns acontecimentos
tem sido registrados pela mídia e moradores das mais diversas partes
interioranas.
Acontecimentos que não deixam a menor dúvida de que algo estranho
realmente aconteceu. O que falta são pesquisadores de ufologia, como
no cenário nacional. Sabemos das dificuldades e dos obstáculos
que devem ser superados. Quando ultrapassados deixa-nos semi-realizados de
mais uma tarefa cumprida.
Talvez a última fronteira da ufologia, seja o da satisfação
com relatos que levem a opinião pública à não duvidar
o que há muito tempo nós afirmamos. A prova material do objeto
em tamanho real. Ou seja, sem fragmentos, e com os seus respectivos tripulantes.
Fatos como estes se supõem existirem, mais ainda longe das camadas sociais.
3. PIAUÍ NA ROTA DAS “ESFERAS
CELESTES”
Em 2003, O governo brasileiro recebeu,
por canais diplomáticos,
um comunicado do governo da Itália, informando sobre a reentrada
na atmosfera terrestre do satélite italiano BeppoSAX, que, apos
sua desativação em 30 de abril de 2002, encontrava-se
em condição de "detrito inerte" sujeito 'a
dinâmica de decaimento orbital. Lançado em 1996, para
fins científicos, o satélite BeppoSAX funcionou como
um observatório para o estudo da radiação de raios-X
de origem cósmica, pesava 1.400 Kg. Pelos cálculos estabelecidos
o seu destino seria provavelmente a região norte brasileira.
Informações posteriores recebidas da Agencia Espacial
Italiana (ASI) afirmou que o mesmo caiu no Oceano Pacifico, as 19 h
43 min, do dia 29/04/2003, hora de Brasília.
O Brasil se encontrava entre os paises incluídos na zona de risco, segundo
cálculos da ASI. Até o ultimo boletim, emitido antes do impacto,
os Estados do Para, Roraima, Amazonas e Amapá continuavam na faixa de
risco. Este fato aconteceu porque os Satélites em órbitas baixas
são gradativamente puxados para o chão por força do efeito
que é conhecido como arrasto atmosférico. Nas altitudes em que
orbitam, a camada de ar que envolve o planeta é extremamente rarefeita,
mas ainda capaz de oferecer alguma resistência ao objeto. Isso faz com
que, gradativamente, satélites percam velocidade, encurtem suas órbitas
e, finalmente, caiam. A dimensão de um artefato como este não é desprezível,
na maioria dos casos ultrapassam mais de uma tonelada. Na sua queda, pouca
coisa resiste à reentrada na atmosfera. O material é calcinado
e muitas vezes vitrificado. Alguns pedaços maiores chegam ao solo, por
ter vários elementos compostos de aço inoxidável e titânio,
que resistem mais ao penoso processo de reentrada em nossa atmosfera. No impacto,
soma-se o próprio peso com a velocidade final, gerando naturalmente
um impacto razoável e destrutivo. Como sua trajetória não é antecipada,
corremos o risco, embora pequeno, de um acidente “espacial”.
Quem não lembra a reentrada da estação espacial Mir, em
2001, que ocorreu de forma controlada e que envolvia uma massa bem maior (135
toneladas). Na ocasião, os russos frearam intencionalmente o complexo
para derrubá-lo com segurança sobre o oceano Pacífico.
No Brasil, nos últimos tempos, tem-se verificado uma queda freqüente
de artefatos espaciais em decorrência do grande número de objetos
que navegam o espaço sideral. Grande parte está desativada e
condenada a caírem em solo terreno. Freqüentemente são lançados
ao redor do mundo, foguetes que depois de transportarem suas cargas (Satélite
etc.), deixam no espaço, e próximo à superfície
terrestre, seus estágios.
Figura 1 e 2. Lançamento de Satélite e os seus estágios
que caem sobre a Terra. Fonte: Internet / 2005-02-20
Piauí, Ceará e Maranhão registraram em julho
de 2004, a queda de prováveis restos de um satélite.
Sendo que houve intervalos para ambos os acontecimentos. Grande parte
da população, tanto da capital Teresina, como do interior,
Observaram verdadeiro “show espacial” de sua reentrada
em nossa atmosfera. Algumas pessoas afirmaram terem visto até doze
objetos luminosos “deslizando” e seguindo rumo ignorado.
O efeito visual promoveu uma mudança de cor devido o tipo de
material incinerado.
De acordo com o jornal O Estado de S.Paulo, houve um clarão, um estrondo
e a queda de pedaços de ferro nos três municípios Piauienses
(Barras, Piracuruca e Batalha). O fato levou algumas pessoas a se esconderem
no mato e passarem a noite fora de casa. Apesar do susto, ninguém ficou
ferido.
O delegado de Batalha, Raimundo Nonato, recolheu um pedaço de ferro
de cerca de 1 metro e pesando 4 quilos. Ele encaminhou o material ao Instituto
de Criminalística para perícia. Que posteriormente foi examinado
pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), tendo como resultado
da análise a comprovação de artefato terrestre (satélite).
O local onde caíram os pedaços fica a 500 quilômetros da
base de Alcântara (MA).
Segundo a Agência Folha, em Fortaleza um objeto não-identificado
que caiu do céu, assustou a comunidade de Cabeça da Vaca, lugarejo
a 48 km da sede do município de Boa Viagem, no interior do Ceará.
Este material foi analisado a princípio por ufólogos que afirmaram
a peça não se tratava de algo extraterrestre.
O estrondo da queda do material, uma esfera metálica de 30 quilos e
50 centímetros de diâmetro, foi ouvido no sábado por toda
a localidade, mas apenas na terça-feira agricultores o encontraram.
O fato gerou susto nos moradores que chegaram até alardear nas duas
emissoras de rádio do município, que poderia ser "algo de
outro mundo".
Posteriormente o presidente do CPU (Centro de Pesquisas Ufológicas),
Reginaldo de Athayde afirmou que o objeto era apenas sucata espacial proveniente
de um foguete chinês que partiu ao espaço 20 dias anterior aos
fatos. Depois houve confirmação que o caracterizaram como sendo
do lançador Delta II lançado em 2003, e que levava em sua “bagagem” o
o segundo Rover marciano, o Opportunity.
A esfera continuou no mesmo lugar, numa área isolada, porque ainda não
tinha sido feito nenhum teste que verificasse o nível de radioatividade
do objeto. Este seria semelhante a outros que já caíram em outros
lugares do mundo como vistas abaixo.
Figura 3 e 4. Artefatos caídos em Oklahoma e Texas(USA).
Fonte: Idem
Figura 5 e 6. Artefatos caídos na África e que estão
no African Astronomical Observatory. Fonte: Idem
Observem o objeto da figura 6 com forma esférica e a sua semelhança
daquela que caiu em Boa viagem (Ceará) abaixo. Veja ainda a cinta disposta
ao centro que une ambas as partes.
Figura 7 e 8. Objeto caído no Ceará e depois roubado. Ao lado,
provável origem destas esferas. Fonte:Idem
Aqui no Piauí, fatos semelhantes aconteceram desde há muito tempo.
Tudo indica que por estarmos próximo à linha do Equador, onde
diversos artefatos terrestres orbitam, estão propícios a acontecimentos
como estes visualizados a seguir. Sem falar em explosões sobre serras
distantes que ainda estão sendo analisadas a posteriores. Muita coisa
tem chegado ao nosso conhecimento, inclusive coincidentemente sobre perseguições
de ufos a outro objeto também desconhecido, uma semana antes dos fatos
acontecidos em julho 2004, e que serão investigados para comprovar ou
não, uma relação com a reentrada do Delta 2.
Figura 9 e 10. Pesquisador segura artefato
encontrado no sul do Piauí.
Fontes: Jornal O Dia (2002) / o autor (2001).
Ainda Sobre a queda do estágio Delta 2, foram também confirmada
por Nicholas L. Johnson, cientista-chefe e coordenador do Orbital Debris Program
Office da NASA, Johnson Space Center, que informou: "A reentrada do segundo
estágio Delta 2 usado para lançar um dos rovers marcianos da
NASA foi acompanhada de perto no fim do mês passado, e notamos que a
reentrada inicial ocorreu sobre o norte do Brasil durante a noite de 24-25
de julho (2004), de fato apenas alguns minutos depois do início de 25
de julho, GMT".
O que se lamenta muito é o fato do objeto encontrado no Ceará ter
sido roubado. Talvez tenha faltado um despreparo do proprietário do
terreno em garantir a sua permanência até a chegada do pessoal
especializado. Sabemos que o fato gerou na imprensa uma curiosidade para muitos,
e isso despertou algum interesse financeiro ou desconhecido. Se foi obra de
um colecionador, ufólogo insatisfeito com os organismos de desinformações
e outros, ficará o questionamento. Creio que o prejuízo maior
fica para nós pesquisadores da ufologia. Os fatos demonstram o despreparo
nacional para acontecimentos mais importantes. Se uma nova Varginha acontecesse,
novamente estaríamos levantando os fatos a posterior, sempre depois,
nunca antes ou durante.
O Piauí, diante dos acontecimentos recentes, inova em uma parte. Artefatos
caídos em seu solo não têm destino ignorado. Pelo contrário,
esferas semelhantes caídas ao redor do mundo, por aqui permanecem ao
conhecimento dos ufólogos a mais de 20 anos. Caminhamos lado a lado
com a ufologia nacional, sejam qual linha de pesquisa muitos utilizem. O que
marca não são os fatos acontecidos, são acontecimentos
marcantes que devem chegar à população de qualquer forma.
Vencendo o medo, a intolerância e a opressão. A verdade nunca
se cala, silencia-se por um tempo em busca de uma melhor resposta. A ufologia
está por um tempo adormecida, silenciada, talvez agora em busca de um
grande resultado que emudeça todos os questionamentos, os incrédulos,
fanáticos e julgadores de uma pseudoverdade.
* Flávio Tobler é Pesquisador da UPUPI, Técnico eletrônico, Geógrafo e Especialista.
Outros artigos acesse: www.upupi.com.br
Contatos: flaviotobler@hotmail.com
Junho de 2005