Especulação na Ufologia: O difícil rompimento

 

*Por Flávio Tobler
(Equipe UPUPI)

 

Mais de sessenta anos se passaram desde que a ufologia foi oficializada como um novo campo a ser explorado. Embora até hoje não reconhecida pela ciência, ela continua a seguir largos passos rumo a descobertas e evoluções do pensamento referente ao tema. Nunca se abordou tanto neste referido conceito estabelecido pelos ufólogos e simpatizantes. Envolvidos por inquietantes perguntas e poucas respostas, muitos descentralizaram o foco principal de estudo que seria mais próximo da comunidade cientifica e mergulharam também pelo caminho do esoterismo. Como se isso pudesse trazer respostas mais confiáveis. Nenhum dos dois até hoje trouxe a estabilidade as nossas inquietações interiores. Pelo contrario, fez surgir uma “enxurrada” de questionamentos que tem “quebrado” a cabeça de muitos que estudam o assunto e até outros que criticam. Porque lutam para provar de ambos os lados a justificação do acontecido, do filme, da fotografia, do depoimento e dos vestígios materiais.
Tudo o que se tem produzido até hoje sobre ufologia tem como principio a especulação. Não há provas verdadeiras que os artefatos que são vistos por todo o mundo seja de origens extraterrestres. O fato de não conhecermos sua origem é que nos induz a aceitar essa justificativa. São os depoimentos dos possíveis contatados é que faz os estudiosos traçarem os perfis dos seus condutores ou navegantes. As imagens registradas também contribuem para caracterizar os seus veículos. A ciência combate o transporte destes artefatos de locais longínquos, embora hoje comece a teorizar os buracos de minhocas, fendas no tempo e outros temas relacionados.
Acredito que ainda é prematuro justificarmos nossos visitantes como de origens distantes. Estamos conhecendo nosso Planeta depois da revolução da cibernética e corrida espacial. A terra e o seu passado distante ainda são desconhecidos por nós. As mudanças de continentes, povos que aqui viveram e evoluíram também enfrentaram dificuldades de ordem astronômicas e muitos sucumbiram remotamente. Outros podem ter alcançados tecnologias jamais imagináveis pelo homem da atualidade. Como você ver é tão difícil o rompimento especulativo. Até quando se tenta colocar a ufologia num nível de equilíbrio e não de exageros.
Com o avanço da internet as coisas se multiplicaram até inescrupulosamente.O que se tem visto em muitas comunidades espalhadas pelo mundo chega além do absurdo. Vira piada, chacotas, ridicularização. Muitos temas já estão num nível de saturação e antipatia que nem desperta o interesse em leitura. A falta de produtividade e pesquisa leva outros a acharem em qualquer imagem ou foco algo que traga respostas e justifiquem as suas interpretações. A ingenuidade de outros que alegam o contato final com estas supostas civilizações. Até anunciam datas estabelecidas, e estes tem uma legião de seguidores. Estes engenhos estão aqui deste tempo remotos e irão permanecer ainda na obscuridade indeterminadamente. O sonho da humanidade e o delírio de muitos é que levam a sugerir esse tão esperado encontro. Quanto mais avançamos tecnologicamente, mais “eles” incrementam os seus disfarces e incursões. Talvez a noção de que estarmos preparados para um possível “contato final” pelo suposto amadurecimento intelectual e cultural que alcançamos é que leva mais uma vez a essa especulação.
Livros, romances,vídeos e diversos meios de comunicação têm bombardeados a sociedade planetária com as mais diversas temáticas. Alguns abordam numa ótica digna de elogios e cumprimentos, já outros eu prefiro nem alongar estas linhas. Conheço os dois lados da ufologia, e por experiência já ouvi os mais absurdos assuntos. Hoje acredito que o avanço da ufologia está no campo e nos relatos dos possíveis contatados. Não naqueles de narrações bonitas e de contatos fabulosos, mais na simplicidade da experiência vivida por populares. Não há evolução entre quatro paredes e nem pelo mouse ou teclado. Por mais que você reúna informação coletadas pelos outros, somente o pesquisador in loco, vivendo múltiplas experiências juntamente com outros e testemunhas estarão mais próximos da verdade. Como um trabalho acadêmico os ufólogos estão vivendo desde 1947 a parte teórica e prática desse tema. As conclusões próximas ou finais ainda levarão bastante tempo para as interpretações. Haverá muito suor derramado e imagináveis horas de vigílias e possíveis registros. A ótica de cada um envolvido em suas pesquisas formará um banco de dados e uma rede verdadeiramente ufológica. Só assim nos libertaremos definitivamente de futuras especulações que possam surgirem.....e se vierem.....o trabalho continuará.
  

* Flávio Tobler  é membro da UPUPI.
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Núcleo da UPUPI
Setembro de 2008