O Turismo ufológico no Piauí

 

Por Flávio Tobler *

 

  1. O turismo ufológico brasileiro

 

O turismo movimenta mais de US$ 3,5 trilhões anualmente, de acordo com a Organização Mundial de Turismo. Considerado também por vários órgãos de pesquisa como um dos ramos de atividade que mais cresce no mundo, calculando-se que mais de 180 milhões de pessoas vivem direta ou indiretamente dele (SANTOS, 99). Em vista de gerar distintos interesses, o turismo passou a segmentar-se em diferentes áreas de atuação, surgindo assim várias modalidades como: turismos esportivos, religiosos, culturais, infantis, da terceira idade, gastronômico, rural, ecológico ou ecoturismo, e até o turismo ufológico ou ufoturismo. Este último vem se desenvolvendo há alguns anos, principalmente em países que possuem áreas naturais somada as grandes incidências de avistamentos de ufos. O Brasil é o País de maior diversidade do mundo, possuindo grandes regiões de áreas naturais. Este fator gera um potencial muito grande, o que tem proporcionado o desenvolvimento em várias atividades, com movimentação de milhões de reais. Observando ainda que muitos estrangeiros visitam-no constantemente para conhecer as belezas naturais de nossas florestas e fauna, nossa cultura amplamente distinta e única, gerando assim divisas importantes.
Segundo Paulo Aníbal G. MESQUITA, em seu artigo “O turismo ufológico no Brasil” (2004), disponível no portal da Ufovias, “são regiões de norte a sul do país com grande beleza natural, tais como, a Chapada dos Guimarães-MT, Serra do Roncador/GO, Chapada dos Veadeiros, nas proximidades de Alto Paraíso/GO,  sul do estado do Piauí, Ilha de Marajó e alguns outros pontos do litoral paraense, Chapada Diamantina/BA, São Thomé das Letras/MG “. Ele complementa dizendo que “alguns pontos do litoral fluminense como Niterói e localidades do estado mais industrializado do país, São Paulo, dentre elas, Analândia, Botucatu, Araçoiaba da Serra - próxima de Sorocaba e Peruíbe (litoral sul paulista), são exemplos da grande variabilidade regional de manifestações ufológicas e energéticas”.
O mesmo autor afirma que estas são regiões com elevações montanhosas e exuberantes belezas naturais, abrigando ecossistemas complexos como a Mata Atlântica, o Cerrado, a Amazônia e até a Caatinga. Algumas delas são de enorme importância geológica devido à presença de evidências fósseis e arqueológicas, há formações de cavernas, presença de cristais de rocha e de minérios, sendo alguns “estratégicos”, como os radioativos (Urânio e Tório); os ferrosos, como à hematita e magnetita - com forte influência magnética. O autor questiona a coincidência de que estas regiões são constantemente  visitadas por Ufos. E que os místicos escolham esses lugares para realizarem suas incursões. Levanta a hipótese de que todas essas regiões podem ser pontes energéticas específicas. Justificando assim as maiores aparições de Ufos do que em outros lugares. MESQUITA acredita que nossas riquezas naturais e mineralógicas são de interesse para os Ufos.  
Das regiões citadas e dos questionamentos levantados por MESQUITA, observamos alguns avanços no Brasil referente a esta nova modalidade de turismo. Pessoas com concepções de desenvolvimento e nova mentalidade voltada para essa realidade, vem investindo anualmente neste setor. Locais onde as manifestações ufológicas têm sido freqüentes estão sendo implementados de infra-estruturas e hotéis ainda que de forma primária aos seus visitantes. Quando me refiro a esse termo estou generalizando a nação, não esquecendo de referir-me que há algumas regiões com grandes avanços neste segmento. Por ter um gigantesco território, a casuística ufológica também é de proporções gigantesca. Acredito que não existe um Estado da federação que não tenha ocorrências destes fenômenos, e se somados com as potencialidades locais torna-se uma alavanca para o desenvolvimento regional. Segue abaixo algumas citações do mesmo autor sobre alguns destes pontos:

 

SERRA DO RONCADOR - região do centro-oeste brasileiro com forte potencial para o turismo com objetivos ufológicos e místicos, com inúmeros mistérios e ocorrências estranhas.Os seus paredões verticais rochosos de arenito têm quase 600 metros de altura, chega atingir extensões de mais de 800 km, desde de Barra do Garças, em Goiás, até à região do Pará.  Próximo a Barra do Garças, encontra-se o primeiro “discoporto”  do país, ou seja, um local para pouso de “disco-voador”. Esta obra, tida por alguns como supérflua, foi concebida por um político local. No Roncador, uma das regiões considerada de forte casuística ufológica é a formação rochosa denominada “Dedo de Deus”, re-batizada pelos esotéricos de “Guardião do Roncador”. Estes acreditam existir naquele local um portal para uma outra realidade (MESQUITA, 2004). 





NA REGIÃO NORTE – Existe diversos pontos da região amazônica com relatos de avistamentos de Ufos. Perseguições de pessoas e aeronaves comerciais envolvendo esferas luminosas, pousos não identificados e até abduções. Segundo MESQUITA são regiões de difícil acesso, na maioria das vezes, somente de barco pode-se acessar certos locais. O litoral paraense é riquíssimo em casuística ufológica. Desde a década de 70 é palco dos impressionantes incidentes envolvendo objetos luminosos que ficaram conhecidos como o “chupa-chupa”. Estes eram assim designados, devido ao fato de emitirem um fino feixe de luz que atingia as pessoas, por onde sugavam o sangue causando nas vítimas quadro de anemia profunda. Suspeita-se terem ocorrido casos fatais e a força aérea, através do 1º Comando Aéreo Regional (COMAR), realizou em 1977, inúmeras investigações no local, conhecidas posteriormente como “Operação Prato”.
O autor cita ainda a Ilha de Marajó, a mesma ocupa uma área de aproximadamente 50 mil quilômetros quadrados com grande diversidade da fauna e onde vive a maior manada de búfalos da América latina. A região é repleta de lendas, como as histórias sobre a “boiúna”, uma suposta serpente gigante luminosa, ou histórias sobre o “boitatá” ou a “mãe de ouro”. São estranhos objetos luminosos que emitem feixes de luz sobre a água, no solo ou até perseguindo pessoas durante a noite. Os ufólogos interpretam estes objetos como sendo “sondas”, relacionadas com os Ufos. Há histórias sobre a “matinta perera”, uma suposta bruxa voadora que emite sons estranhos assustadores sobre quem estiver na mata e às vezes perseguindo. Soure é o maior município da Ilha, onde segundo as investigações de MESQUITA se encontra uma forte casuística ufológica.

 

REGIÃO NORDESTE - No estado da Bahia encontra-se uma região de rara beleza natural com uma forte tendência ao turismo ufológico e místico que é a Chapada Diamantina. O local foi definido como Parque Nacional em 1985, tendo uma área de quase 40 mil quilômetros quadrados, com várias quedas d’água, como a “Cachoeira da Fumaça”, com aproximadamente 400 metros de altura, talvez a maior do Brasil. Há inúmeros paredões rochosos, como o “Morro do Pai Inácio”, onde do seu topo pode-se ter um belo visual da chapada (MESQUITA, 2004).   
O autor ainda afirma que em quase toda a chapada há relatos de observações de Ufos, alguns seguidos de abduções e supostas aberturas de portais nas proximidades de grutas. Algumas de suas cavernas como a “Gruta do Poço Encantado”, no município de Itaetê, onde em certas épocas do ano, a luz penetra por uma fenda e mergulha até as profundezas do seu lago de águas (mais de 80 metros de profundidade).  

 




NA REGIÃO SUDESTE – MESQUITA assegura que em certas localidades da região sudeste do país também possui um grande potencial para o turismo ufológico e místico, como na pequena cidade de São Thomé das Letras, no sul do estado de Minas Gerais, situada a 1400 metros de altitude e repleta de grutas e cachoeiras. A sua própria origem é atribuída  a um evento “místico”, quando em 1770, um escravo em fuga teria encontrado uma imagem de São Tomé dentro de uma gruta, a mesma foi posteriormente recolhida pelo “dono” do escravo. O reaparecimento misterioso da imagem na mesma gruta teria acontecido por várias vezes, e isto foi atribuído a um milagre se São Tomé. No município encontramos inúmeros relatos de pessoas com histórias relacionadas com discos voadores. Além de avistamentos noturnos, relatos de pouso de Ufos, supostas abduções e de seres intraterrenos .





LITORAL FLUMINENSE – Dentre inúmeras áreas litorâneas brasileiras, o mesmo autor refere-se agora a região de Niterói/RJ. O local é conhecido como a “Pedra de Itapuca” que do tupi quer dizer pedra furada. O lugar esconde inúmeros mitos, e segundo alguns antigos moradores locais, ela representa à “morada dos espíritos indígenas”. Há relatos de observações de objetos luminosos saindo supostamente da tal pedra. Um belo espetáculo da natureza pode ser visto em noite de lua cheia, quando as ondas do mar chocam-se contra aquela rocha. Algumas escolas esotéricas tiveram origem na região de Niterói, como por exemplo, a Eubiose. 
Nas proximidades há elevadas formações montanhosas graníticas como o “Pico do Alto Mourão”, com quase 415 metros de altura e a “Pedra do Elefante”, uma exuberante rocha com mais de 300 metros em forma de “meia lua” cravada na praia e no mar praticamente lisa, ou seja, sem vegetação. É comum a prática de um esporte pra lá de radical, correndo sobre a pedra abaixo com manobras executadas com o apoio das mãos, é o “surf” na montanha, inclusive tem até uma associação, ASM – Associação dos Surfistas da Montanha, fundada em 2001. Dali já foram relatadas muitas observações de Ufos luminosos durante a noite, incluindo objetos passando por entre a vegetação na base das rochas, além de avistamentos de Ufos durante o dia, aparentemente de grandes proporções (MESQUITA, 2004). 

Na própria cidade de Niterói, em contraste com a paisagem encontra-se o MAC – Museu de Arte Contemporânea, projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer. O museu se situa no mirante da praia da Boa Viagem e seu formato lembra um “Disco Voador” pousado; o MAC tornou-se símbolo da cidade e um dos pontos turísticos mais visitados durante todo ano (MESQUITA, 2004). 
Existem outras regiões em nosso País que merecem destaque e que tem um grande potencial turístico de cunho ufológico e místico entre eles destacamos Alto Paraíso/GO. Local onde atuam diversas correntes esotéricas, místicas, espirituais, movimentos alternativos com crença em suposta atuação de seres extraterrestres. Na região existe um grande fluxo de turistas de todas as regiões do país organizado até por agências de turismo.
Outro lugar interessante é a Pedra do Ingá, localizado no município do mesmo nome no estado da Paraíba, um sítio arqueológico rochoso com inscrições de origem desconhecida que foi o primeiro monumento arqueológico tombado como patrimônio nacional em 1944. Os arqueólogos classificam a Pedra do Ingá como “Itaquatiara” - que em tupi significa “conjunto de pedras pintadas”, embora as inscrições estejam esculpidas em baixo relevo e não pintadas. Algumas destas inscrições assemelham-se a objetos conhecidos na atualidade, certos pesquisadores chegam a teorizar que foram feitas a mais de oito mil anos.
Destacamos ainda a região sul do estado de São Paulo, envolvendo Peruíbe. Segundo MESQUITA, talvez seja a região litorânea mais rica em casuística ufológica. Nas proximidades temos à Estação Ecológica da Juréia-Itatins,  Locais como Perequê, Guaraú, Pedra da Serpente, Morro do Bogoçá, Maciço de Itatins, Barra do Una, Juréia e nas proximidades da ilha de Queimada Grande (habitat da Jararaca Ilhoa ou  bothrops insularis)  são o “palco” de muitos relatos de avistamentos de Ufos.

.VARGINHA-MG –A cidade de Varginha, no sul de Minas Gerais, a 318 km de Belo Horizonte, ganhou uma iluminação especial.Um dos principais pontos turísticos da atualidade é um reservatório em formato de nave espacial instalado na praça Rio Branco, no centro. Numa referência a uma suposta aparição de ET, que tornou a cidade famosa até fora do país. O monumento construído em 2001, é uma das principais atrações visitadas pelos turistas na região. A iluminação da nave espacial foi desenvolvida pela empresa Philips Lighting, que possui uma fábrica na região.
Segundo dados da Folha online (2005) foram utilizados na iluminação da nave projetores com lâmpadas vapor metálico nas cores branco, violeta e verde, além de reatores para vapor metálico. Esse jogo de cores produz um efeito magnífico. Em janeiro de 1996, Varginha ficou conhecida quando duas irmãs e uma amiga viram uma criatura humanóide, o que mobilizou ufólogos, autoridades e atraíram curiosos.A idéia de erguer um monumento que relembrasse o caso veio com a necessidade de "disfarçar" uma caixa d´água de 100 mil litros suspensa a 12 metros de altura no centro da cidade.

 

 Todo esse potencial ufológico indica que quando bem aproveitado gera renda, desenvolvimento em qualquer região do nosso País. A falta de estrutura tem sido o grande empecilho, bem como a capacitação dos seus moradores. A contribuição deve partir dos representantes de entidades publicas, dos segmentos econômico e acadêmico, das organizações não-governamentais e profissionais da área de turismo destes municípios. No caso de Varginha a parceira com uma fábrica local (Philips Lighting) promoveu um novo cartão postal para aquele município. O papel do setor privado nessa iniciativa representa o surgimento de novas experiências turísticas agora praticadas na região.
 

 

 

 


2 - Ufoturismo no Piauí

Vivemos um momento em que se discute exaustivamente as conseqüências da globalização, quer sejam em países desenvolvidos ou em desenvolvimento.Tem-se discutido em congressos, sala de aula, simpósios e outros encontros sobre os benefícios e os prejuízos causados por tal fenômeno, assim como, considera-se que o mesmo impacta de maneira e intensidade diferentes os diversos setores da economia. Analisando-se especificamente as conseqüências da globalização para o turismo vejo como ponto de vista que é uma solução viável para tantas regiões ainda a serem exploradas economicamente. Este impulso pode representar o fim da pobreza para muitos que vivem sem perspectivas locais. Cidadãos brasileiros que convivem de perto com o fenômeno ufológico e pouco sabem dar importância que isto representa para pesquisadores e turistas nacionais e estrangeiros.
Com o advento da Internet e da mídia televisiva, muitas informações, propagandas, transações comerciais, incentivos fiscais vem fortalecendo laços econômicos e socais em nosso estado. Grandes fluxos de turistas e empresários passaram a visitar e investir economicamente no Piauí. Eventos culturais enraizaram-se em muitos municípios e hoje promovem anualmente um maior fluxo econômico regional. Vaquejadas, festival de inverno e rock, carnaval fora de época e tantas outras modalidades criadas indicam que o sentido é esse. Quando se tem apoio do setor governamental ou privado fica mais fácil o crescimento e desenvolvimento de uma região.
 O ufoturismo no Estado, aliado as belezas naturais reconhecidas de suas praias, sítios arqueológicos e formações rochosas, oferece muito mais do que se pode encontra em outros pontos do País: mistérios, emoções, aventuras para todos os gostos. O que ainda falta é um incentivo estrutural e financeiro aos pesquisadores, dando oportunidade para estes trabalharem em seus projetos, mapeamentos regionais e capacitação aos moradores de localidades de intensas manifestações ufológicas. Muitos podem servir de guias turísticos, pois vivenciam a fenomenologia mais de perto, servindo também como ponte para a comercialização artesanal, alimentação típica da região etc.
Dentre os lugares onde há relatos de intensas manifestações ufológicas, citaremos alguns pontos já pesquisados e outros que são de conhecimentos de seus populares. Lembrando que alguns já são utilizados por místicos, esotéricos, religiosos e arqueólogos. Locais estes de incalculável valor histórico.

 

Litoral do Piauí -Com apenas 66 km de extensão, o litoral do Piauí, abrangendo os municípios de Parnaíba, Luis Correia, Ilha Grande e Cajueiro da Praia é o menor do Brasil. É marcado em seu extremo pelo único delta das Américas em mar aberto, o Delta do Parnaíba. Este rio banha vários municípios Piauienses, ao longo dos seus 1.485 quilômetros, formando praias fluviais, e na sua foz, ao desaguar no oceano Atlântico, forma um arquipélago com 2.700 quilômetros quadrados de área, subdividindo-se em cinco ramificações: Igaraçu, Canárias, do Caju, da Melancieira e Tutóia. A partir daí, surgem igarapés, mangues, dunas de areias brancas, lagos e mais de setenta ilhás e ilhotas, enriquecidas também com os mais diferentes tipos de animais silvestres.
Em Parnaíba, na praia conhecida como pedra do sal, nome dado pelas curiosas formações rochosas ali presentes, muitos populares que residem em suas proximidades e outros que visitam-na, relatam já há bastante tempo o aparecimento de manifestações supostamente ufológicas. Há alguns que até afirmam haver uma base extraterrestre sobre aquelas profundezas oceânicas.
Hoje o litoral piauiense é intensamente visitado no período de julho e agosto. A construção de um aeroporto internacional dará grande impulso para aquela região. Bem como o apoio municipal e governamental que vem capacitando os comerciantes, o artesanato e a infra-estrutura local no atendimento do turista.

 

Parque Nacional de Sete Cidades - localiza-se nos municípios de Piracuruca e Piripiri, no norte do Estado, numa extensão de 6.303 hectares de fauna e flora ricos de pura fantasia. Distante de Teresina 190 km por rodovia asfaltada. Em Sete Cidades, o visitante encontrará grutas e inscrições rupestres, com predominância de desenhos ainda não convenientemente decifrados, que levaram estudiosos e leigos a especular sobre a hipótese de a região ter sido habitada por civilizações desenvolvidas em épocas remotas. Há uma afirmação segundo a qual a autenticidade dessas pinturas não são realmente manifestações recentes. Opiniões de cientistas nacionais e internacionais supõem haver encontrado evidências de uma antiga cidade fenícia, fundada ali há três mil anos. São formações rochosas distintas que lembram pequenas comunidades, avenidas, praças ou blocos isolados que adquiriram aspectos de ruínas, resultando em imensas e curiosas formas envolto num clima de magia e mistério, espalhado no meio da vegetação, onde o verde-cinza claro-escuro das rochas oferece à contemplação do visitante um quadro pitoresco da mais linda perspectiva.

 

Existem muitas correntes de ordens místicas, esotéricas e outras que definem haver mundos subterrâneos em nosso Planeta. De acordo com certas fontes, existem algumas entradas (embocaduras) para estas cidades espalhadas por alguns continentes. Como exemplo a conhecida “Agarta” supostamente localizada também em nosso País (Brasil). Alguns destes adeptos afirmam que uma destas aberturas localiza-se em  “Sete Cidades” no Piauí; e outras na “Serra do Roncador” no Mato Grosso; “Vila Velha” no Paraná; “Ilha de Itaparica” na Bahia; “Circuito das Águas” em Minas Gerais e “Pedra Gávea”   no Rio de Janeiro. Dizem que estas regiões são devidamente guardadas por seres que só permitem no seu ingresso pessoas devidamente capacitadas.





 Cadós e Buriti dos Cavalos - A primeira localidade fica no Km 22, no sentido Piripiri /Pedro II(PI). É uma região de cachoeiras, cavernas e inscrições que lembram naves espaciais, altar com rituais, castiçais Peruanos, pêndulos, caminhos, ampulhetas, sol e lua e muitos outros. Ouvem-se incríveis relatos de seus moradores. Estive pessoalmente com um grupo em outubro de 1997 e Abril de 1998. Posso afirmar que o lugar tem uma potencialidade turística a ser explorada, a riqueza das inscrições supera muitos parques já existentes. Seus moradores relatam muitas aparições ufológicas e outras repletas de lendas e mistérios.
Buriti dos Cavalos (PI), localiza-se no Km 27 no mesmo sentido da anterior. É Uma área onde se instalou o Projeto de Preservação e Pesquisa das pinturas rupestres. Coordenado pela Fundação ecológica de Piripiri (FUNEP), cujo idealizador foi Antonio de Pádua (Arqueólogo e ecologista), sendo nosso contato e guia até aquela localidade. Geograficamente, define-se como uma região cercada de morros, com um vale profundo na parte central, formando uma espécie de “armadura”.

 



Com vegetação tipicamente de transição, sendo que sua fauna indica uma variedade enorme de pássaros e animais silvestres. Um clima agradável, com ventos que mantém uma temperatura equilibrada. Geologicamente suas formações relembram as mesmas características de “sete cidades” em Piracuruca (PI). Há na localidade os mesmos relatos anteriores, acrescentando ainda que os seus moradores costumam visualizar em tempos distintos uma estranha luminosidade que envolve uma grande área daquela vegetação e que segundo eles parece indicar uma suposta cidade no meio da mata.
Mundos paralelos, energias desconhecidas, forças ou “correntes telúricas”, ufos e outros meios parece indicar como ativadores desses supostos “caminhos” ou “aberturas”.  Reais ou não, a historia se encarregou de acumular os fatos, evidenciando uma linha do tempo repleta de narrações que só os pesquisadores, turistas e estudiosos poderão interpretá-las. Mais detalhes destas localidades acesse o artigo “Na terra dos Portais” no site da UPUPI.

 


Castelo do Piauí - localizada a 190 quilômetros a Leste de Teresina, Castelo possui importantes formações rochosas que atrai inúmeros visitantes. Peregrinações religiosas, inscrições rupestres, lendas e manifestações de ufos compõem aquele cenário fabuloso. Diversos povoados daquela região têm relatado as mais distintas experiências com o fenômeno. Além da Pedra do Castelo (ao lado) outra formação conhecida como a segunda pedra do mesmo nome é ainda bem mais interessante e fica numa propriedade particular a alguns quilômetros do município. Tive o privilegio de conhecê-la, bem como uma mina de cristal naquelas terras. Ouvi interessantes narrações daqueles moradores recheadas de fatos ainda inexplicáveis.
Existe no município importante fábrica de cachaças, este atrativo tem grande potencial para o agronegócio. Anualmente a cidade recebe os turistas que visitam-na no período do Cachaçafest, que acontece de 27 a 29 do mês de julho na Praça Aluísio Lima. Quanto ao potencial ufológico, se for bem aproveitado, mais desenvolvimento trará para aquela região.

 



José de Freitas – está localizada a 53 Km aproximadamente ao norte da capital piauiense (Teresina). Existe dois grandes açudes naquela cidade, o Pitombeira e o açude do Bezerro. Este último tem proporcionado um grande fluxo de turista aos finais de semana. Com seus bares, restaurantes, campeonatos e passeios com Jet-Ski, têm promovido desenvolvimento e renda naquela região. Todo esse potencial soma-se ainda com as ocorrências ufológicas que são rotineiras aos seus populares. Muitos afirmam presenciar estranhos movimentos luminosos sobre aquelas águas. Os fatos vão além daquele açude, e incontáveis ocorrências em povoados próximos a sede do município já acontecem há muito tempo. Estive por três vezes na localidade Vinagreira colhendo interessantes relatos. Pude observar fazendas que tem um potencial de apoio para turistas interessados em vivenciar estas experiências bastante comuns aos seus moradores. Estes já incorporaram em suas rotinas diárias técnicas de defesas para estas supostas incursões. Mesmo desconhecendo a origem destes objetos, estas pessoas encaram o fenômeno com a maior naturalidade.

 

O “discoporto” de União  – O espaço com seus 80 metros de diâmetro é dedicado ao contato com civilizações extraterrestres. Idealizado e coordenado por Socorro Borges, o projeto é conhecido também como Mandala da Paz. Localiza-se no povoado gameleira, que fica no município de União (59 Km) ao norte de Teresina.
O local é considerado pela comunidade Alnilan como uma estação espacial, onde trabalhos de cunho esotéricos e espirituais são realizados. Há relatos de moradores da região sobre manifestações ufológicas, o que reforça as incidências do fenômeno por aquele município. O discoporto tem sido visitado por jornalistas, ufólogos, e o povo em geral. Imagem de satélite do local pode ser vista pela Internet (Google).








Parque Nacional Serra da Capivara – localiza-se a sudeste do Piauí, a 530 quilômetros da cidade de Teresina, cujos achados arqueológicos também comprovam presença extremamente antiga do homem na região do município de São Raimundo Nonato. O Parque é uma área que abrange muitos ecossistemas, criado e mantido pelo Governo Federal com o objetivo de resguardar atributos excepcionais da natureza, procurando conciliar a proteção da flora e fauna, dos valores históricos e culturais, com sua utilização para fins educativos, científicos e recreativos. Foi criado em 1979, com a finalidade também de proteger os sítios rupestres e as extensas zonas de caatinga primaria.








As pesquisas realizadas pela arqueóloga Niede Guidon trouxeram revelações que ampliaram os horizontes sobre os conhecimentos existentes, dando novo rumo às teorias sobre o povoamento das Américas. No local encontra-se a maior concentração de sítios arqueológicos deste continente, dos quais 360 sítios cadastrados, a maioria apresenta pinturas e gravuras rupestres. Nesses abrigos, além das manifestações gráficas, se encontram outros vestígios da presença antiga do homem na região (45 mil anos segundo as datações). Além das pinturas, uma abundante Fauna fóssil foi encontrada nas escavações. O Parque foi declarado, em dezembro de 1991, Patrimônio Cultural da Humanidade pela UNESCO (Portal webone).
Há interessantes pinturas rupestres que leva-nos a imaginar situações vividas por esses moradores no passado. Talvez tenham presenciado inúmeros avistamentos e tentaram retratá-los nos paredões. O Parque é palco de intensas manifestações ufológicas. Tudo indica que existe um interesse desde tempos remotos destes artefatos e seus tripulantes por aquela região. A inserção como roteiro de turismo ufológico daria maior fluxo de pessoas e renda ao município.

Miguel Leão – O município fica a 88 quilômetros (Sul) de Teresina, capital do Estado do Piauí. É uma cidade de população ordeira, geograficamente é cercada de morros e as ruas com declividade acentuadas. Existe uma barragem no perímetro urbano, onde serve como ponto atrativo e de lazer aos seus moradores. O município foi palco de uma das maiores atividades ufológicas conhecidas no estado do Piauí. Emissoras de tv, rádios e jornais chegaram a noticiar a onda ufológica na época. A população urbana e rural juntamente com toda a corporação militar (delegacia) teve experiências fora do comum com os óvnis no final da década de noventa. Os objetos voadores não identificados chegaram a pousar dentro do perímetro urbano com dezenas de testemunhas. Atualmente há relatos com menos intensidade.Seus moradores e hierarquias militares que ali residem, tenente, cabo e soldados são testemunhas abertas para o diálogo.Existe um potencial a ser explorado ufoturisticamente para aquela região. Maiores detalhes sobre a casuística no município favor ver dois artigos que a upupi produziu e os mesmos encontram-se no site.

 

Região do NECAP – Compreendendo os municípios de Nazária, Estaca Zero, Curralinhos, Agricolândia e Pau D´arco do Piauí. São interessantes regiões a onde as manifestações ufológicas vem ao longo do tempo, incorporando-se a vida cotidiana de seus moradores. Casos impressionantes foram coletados pela Upupi, levando-nos a imaginar que algo muito forte e ainda desconhecido “enraizou-se” por toda aquela região. Somente um estudo mais aprofundado, com pesquisas de campo intensa, aliada com tecnologia hoje já disponível, permitirá entender ou teorizar porque estes objetos voadores ainda desconhecidos promovem incursões por estas regiões.







Diante destes fatos e de muitos outros que permanecem ainda desconhecidas as populações em geral, sugerimos o aproveitamento destes moradores que residem nestes municípios, como guias e testemunhas para excursionistas e grupos organizados. Aliados a estas potencialidades, o município deve também disponibilizar o apoio necessário aos seus visitantes. No mínimo um local para as refeições e hospedagens, de preferência com agendamento antecipado. Se as autoridades representativas municipais puderem participar pessoalmente deste contato receptivo com os ufoturistas, narrando também outras potencialidades dos seus respectivos municípios, poderá incrementar ainda mais outras rotas de visitas, gerando assim mais divisas. Se a população local for instruída a receber melhor estes visitantes, condicionando-os a entender o valor que estes excursionistas ou pesquisadores podem gerar de recursos e desenvolvimento, será bem mais fácil a comercialização de produtos locais e artesanais.

 

 Pólos de Ufoturismo – Os municípios citados com potencialidades para o turismo ufológico piauiense, representam uma parcela mínima do que acontece em nosso Estado. Vale lembrar que temos dezenas de outras regiões a serem investigadas e mapeadas. O grande obstáculo tem sido a falta de apoio institucional e empresarial para as pesquisas. Não há patrocínio, os resultados expostos aqui tem sido feito com “suados” recursos próprios. As viagens de campo que a upupi vem realizando ao longo desses dois anos e meio têm mostrado aos seus integrantes, ufonautas e simpatizantes com o fenômeno, o quanto é gigantesco o nosso cenário.






Possuímos uma das maiores casuísticas ufológicas nordestinas e quiçá do País.Temos a possibilidade de trazer a tona grandes revelações ao cenário nacional e mundial. Talvez a incidência destas manifestações ufológicas seja de fato motivadas porque possuímos uma rica biodiversidade. Florestas ainda intocáveis, cenários paradisíacos e clima variado em algumas regiões.Todo esse espetáculo que a natureza nos proporcionou, aliados ainda a um povo acolhedor e hospitaleiro, representa quem sabe uma fonte atrativa para visitantes de outros orbes. Diz um velho ditado piauiense que “quem bebe água daqui sempre volta”. Talvez as respostas para estas incursões supostamente alienígenas representem do lado de lá numa exploração turística, tecnológica ou cientifica.







O ufoturismo pode representar uma nova industria para o nosso Estado. É uma prática de atividade turística de baixo impacto ambiental. Preocupa-se em valorizar os aspectos culturais regionais, porque procura envolver pessoas da comunidade local, sejam guias ou testemunhas. Se for aliado a outras modalidades abre um leque de oportunidades para o crescimento regional.
No Piauí, vejo grandes possibilidades com o termino dos dois aeroportos internacionais. Um na região litorânea (Parnaíba) e outro ao sul em São Raimundo Nonato. Somados ao da capital piauiense (Teresina), formam-se três pontos estratégicos distintos. Contribuindo assim para um maior incremento nos pólos de ufoturismo. As regiões incorporadas em cada pólo simbolizam áreas de grandes manifestações de ufos. Representam maiores possibilidades de fluxos de turistas e pesquisadores nacionais e estrangeiros devido às facilidades de vias de transportes e hospedagens.
Das regiões aqui citadas para o turismo ufológico, só poderão alcançar novos horizontes se tiverem apoio de representantes de entidades públicas, dos segmentos econômicos, e das organizações não-governamentais e profissionais da área de turismo de cada município. Haverá certamente um incremento maior, se o setor privado apresentar aos interessados as suas experiências e práticas de modalidades turísticas realizadas em outras regiões. A gestão e planejamento de projetos, logística, infra-estrutura, calendário ufoturístico, podem representar o desenvolvimento de muitos municípios piauienses. Gerando assim mais impostos, renda familiar, cultura para nossa população.
Assim como a arqueologia tem provado a presença remota do homem em nosso Estado (45 mil anos), acredito que civilizações ainda de origem desconhecida têm evidenciado interesses distintos pelo nosso território. Cabem a nós adeptos ou não da ufologia acreditar em novas possibilidades de desenvolvimento para o Piauí. Vivemos em contagem regressiva para um universo que há tanto tempo era visto e nunca questionado. Este cenário ufológico fabuloso pode ser explorado, permitindo que novos horizontes brilhem como os ovnis aos olhos de muitos piauienses.

Referências
MESQUITA, Paulo Aníbal. In: O turismo ufológico no Brasil, 2004. Disponível em:  http://groups.msn.com/UFOLOGIA-ALIENSOVNIS/> Acesso em julho de 2007.
O Piauí /Industria, 2006. Disponível em: http://www.webone.com.br/opiaui/indust.html/> acesso em novembro de 2004.
Turismo - “Nave espacial" ilumina praça em Varginha e atrai turistas, 2005. Disponível em: http://www.folha.com.br/> acesso em abril de 2006.
SANTOS, António Silveira Ribeiro. In: Ecoturismo e Desenvolvimento, 1999. Disponível em: http://www.aultimaarcadenoe.com/artigo5.htm/> Acesso em março de 2004.
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* Flávio Tobler é Técnico eletrônico, Geógrafo e especialista. Membro da UPUPI.
Outros artigos acesse www.upupi.com.br  Contatos:flaviotobler@hotmail.com

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