Desacobertamento ufológico: A última fronteira

Por Flávio Tobler *

 

É fascinante acompanhar fatos de dimensão planetária, seja no tocante ao meio ambiente, humanitário ou até ufológico. Se você visualiza-os numa escala de tempo, é possível distinguir sua evolução ou regressão mesmo que os acontecimentos não sejam aparentemente contínuos ou sempre de ordem crescente. Não é necessário ser um bom historiador, basta organizar cronologicamente os pontos principais que os tornem diferentes do inicial ou do tempo escolhido. As diferenças encontradas neste percurso tornam-se pontos de reflexão, estudo e campos teóricos dos mais diversos. Não é à toa, que encontramos uma dimensionalidade gigantesca de livros, vídeos, artigos e outros que procuram mostrar continuamente novas interpretações, revisões e pontos de vista.
Ao longo desses sessenta anos (1947) que a ufologia oficialmente tornou-se fonte de estudo mundial, muitas coisas mudaram. Conceitos novos foram incorporados na tentativa de solucionar um dos maiores mistérios da atualidade. Grandes pesquisadores mergulharam de corpo e alma na busca de resposta mais próxima deste encantador fenômeno. Muitos cumpriram sua missão terrena sem descortinar a grande barreira que ainda nos separam destes acontecimentos. Outros com muito trabalho e estudo se depararam com situações que “dissolveram” suas teorias e reflexões, obrigando-os a começarem tudo novamente por uma nova ótica da fenomenologia. Outros migraram para campos paralelos também na tentativa de achar respostas que sejam aparentemente justificáveis.
Com toda essas mudanças de comportamentos pessoais, positivas do meu ponto de vista, pelo fato de se articular de todas as formas para encontrar soluções mais próximas desta realidade, mostra como a comunidade ufológica e admiradores procuram ao longo do tempo agitar os meios de comunicação, criando novos pensamentos contemporâneos. Infelizmente continua estagnada outra classe (os céticos) que ridicularizam e negam a todo custo a existência desse fenômeno, sem ao menos refletirem se eles mesmos evoluíram em alguma coisa (?). Há também uma outra de nível superior, organizada, que evoluiu no campo estrutural para investigar e acobertar incidentes de caráter supostamente ufológico. Estas organizações governamentais vêm agindo há décadas em várias partes do mundo, articulando-se quando possível para manter o assunto estritamente confidencial, e em nome de uma falsa idéia de que “nós não estamos ainda preparado” mantém suas pesquisas e provas substanciais restrita a poucos investigadores, cientistas e militares. Estes correndo contra o tempo e “escravos” de seus superiores, procuram tirar proveitos egoisticamente tecnológicos, armamentistas. Como se isto fosse o mais importante diante desta gigantesca descoberta.
O acobertamento ufológico é uma realidade, conhecido mundialmente por sua manobras, intimidações, tentativas de corrupção e fatos que talvez nem imaginemos. Quando o assunto envolve poder, há sempre o interesse maior a qualquer custo. É como a quebra de uma patente e o compartilhamento de tecnologia a nível mundial, leva um certo tempo, mais sempre acontece. Acredito que muitos paises tentaram a todo custo obter tal conhecimento e durante muito tempo investigaram o assunto secretamente. Talvez até tenham colaborado na troca de informações mutuamente ou até se desentenderam. Fatos que podem justificar a abertura de seus arquivos ufológicos como forma de pressionar uma quebra de silencio por parte de outros. Também pode haver o interesse de revelar algo mais profundo e inevitável (ex: descobertas astronômicas), sendo esta abertura uma experiência inicial. Quando o assunto envolve grandes massas populares é sempre bom ficar atento e refletir nos resultados.
 Paises de primeiro mundo como França e Grã-Bretanha começam a surpreender o mundo com suas revelações, colocando seus milhares de arquivos ufológicos a disposição do público em geral. Há questionamentos a serem feitos que devem ser monitorados pela comunidade ufológica. Entre eles quais os reais motivos que levaram a tal abertura. Se realmente reconheceram que é chegada a hora para tais fatos, nós ufólogos ficamos muito agradecidos, mais não devemos desviar os olhares somente para ver o que estar sobre a mesa ou tela do computador. Nossa atenção deve ser mais ampla, panorâmica e não perdermos de vista estes acontecimentos e seus desdobramentos. Outras nações parecem seguir a mesma linha de pensamento, como Chile e ainda que timidamente o nosso Brasil. Podemos até especular uma outra faceta de abertura ufológica mundial. Parece haver uma disputa de informação onde alguns paises não querem ficar para trás e mostrar que já acompanham o assunto há décadas. Talvez tenham percebido a necessidade e importância da população para desvendar tal fenomenologia, e que os seus “escolhidos” por muito tempo não chegaram a nenhuma conclusão. Não existe melhor fonte de informação e observação do que os contatados, pois é através destes que nós pesquisadores ou públicos em geral conhecemos a tipologia de supostos objetos e seus tripulantes. As suas narrações contribuem para manter atualizada a vasta biblioteca de livros, revistas, vídeos e fotos desse intrigante assunto.
Por tanto tempo procuramos respostas, e solitariamente mergulhamos num campo de pesquisa que foi ridicularizado por décadas. Muitas vezes taxados de loucos e visionários. Caminhando, tropeçando muitas vezes pela força que o acobertamento ufológico tentou intimidar. Lutando para que a ufologia se torne algo conhecido por todos e não por “poucos”. Às vezes em nosso caminho havia barreiras, e desviando delas não deixamos de seguir o mesmo ideal. Ora fomos obrigados a tomar uma trilha de altos e baixos. Mais sempre seguindo o rumo exato de nossas convicções e propósitos, e sabendo que rompendo a última fronteira estaremos livres para alçar vôos maiores e mais altos.

 

* Flávio Tobler é membro da UPUPI, outros artigos acesse:
www.upupi.com.br
Núcleo da upupi
Maio de 2007

 

© UPUPI - União de Pesquisas Ufológicas do Piauí - PI - Todos os direitos reservados 2003-2005