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TORRE DE BABEL: dispersando ou reunificando a ufologia

 

Por Flávio Tobler
(Equipe UPUPI) 

Por muito tempo a ufologia exerceu seu papel principal que era tentar explicar certos fenômenos que a ciência dos homens combatia como mera justificativa de alucinações, perturbações e fatos naturais mal interpretados. O tempo encarregou-se de mostrar como estavam errados muitos cientistas. Até hoje, a teimosia de vários céticos e de outros que jamais olharam além da sua própria janela, parece indicar que ainda navegam no sentido das estrelas, no mundo que já dispõem de GPS. Ao que tudo indica, pelas divergências culturais, econômicas e religiosas, a humanidade que habita o nosso Planeta Terra jamais evoluiu uniformemente. Num século que busca alternativas de energias livres de poluição (ex: solar), muitos ainda só conhecem a luz de suas próprias tochas. Como explicar o funcionamento do micro-onda para tantos que mal conhecem a eletricidade. Nem cabe aqui entrar em detalhes sobre cibernética e recursos da informática. Caminhamos para uma nova fase televisiva. Onde sinais digitais suprirão certas interferências que as ondas analógicas estão sujeitas. Lentamente somos direcionados a uma torre que o destino se encarrega de colocar um novo andar ou pavimento evolucionista a cada dia e ano. E quanto mais alto vislumbramos, mais amplo tornam-se nossos sentidos e entendimentos sobre o universo. Não é necessária uma explicação científica para que você entenda a finalidade de uma torre, veja o exemplo dos celulares, onde uma boa cobertura garante que o seu “sinal” chegue.
Paralelamente ao longo dos séculos, foram construídas plataformas que sustentaram parte da ciência, filosofia e até religião. Os primeiros passos foram decisivos para impulsionarem cada segmento ao um novo degrau. O passado solidificou-se como o alicerce de uma construção. E o presente encarregou-se de modelar uma arquitetura sempre inovadora e compatível com o momento contemporâneo. Velhas construções servem mais como peça de museu e entendimento da história, do que habitat. Quando entramos numa antiga moradia, nosso instinto começa a questionar sobre a sustentabilidade daquela arquitetura. Devemos usar esse raciocínio para amplo sentido em nossa vida.
A ufologia em sua estrutura inicial cresceu vertiginosamente, onde voluntários de uma nova corrente de pensamento buscavam solidificar as bases de uma arquitetura inovadora e revolucionária. Cada “tijolo” representava uma idéia pessoal mais com propósito coletivo. Unindo esforços em busca da verdade ou do que acreditamos serem as respostas para tantos questionamentos. Décadas se passaram e o vislumbre do horizonte se tornou mais amplo ou difuso. Algumas “peças” dessa estrutura perderam a consistência, semelhante ao cimento depois de sua fase inicial de mistura. Outros depois de construída a “torre” não sabiam pra onde direcionar a “antena” principal. Cito estes exemplos para justificar a ufologia científica e esotérica. A dissidência de ambas buscavam respostas em lados opostos, sem perceber de onde vinha o verdadeiro sinal. Como ondas de rádio, captavam informações e mantinham o constante pensamento que mais se afunilaram com suas pseudoverdades interiores. Talvez pelo comodismo planetário, ou porque já não falávamos a mesma linguagem. O certo é que a ufologia se deparou unicamente com dois caminhos, e não se questionou uma nova modalidade de entendimento e compreensão. Algo que possa suprir, filtrar a fantasia de muitos pensamentos humanos alterados, às vezes por frustrações ou desvios psicológicos. Por outro lado, que também não veja somente a materialidade das manifestações ufológicas. Falta na verdade, uma metodologia correta, ainda que não tenhamos “oficialmente” um objeto de estudo ou uma “ABNT” da ufologia.
Como babel, vejo ecoando aqui e ali, manifestações que hora parecem indicar um entendimento ou separação. Numa confusão de “línguas” que mais parece um mercado onde cada vendedor parece gritar, expondo o seu produto a venda para obter boa lucratividade. Não devemos nos deixar envolvermos pela arma propagandista de tantos. Muitos que viram na ufologia um campo inesgotável e fonte de renda estão aperfeiçoando suas estratégias de ação. É hora de entrosamento, de procurar ouvir cautelosamente muitos que descobriram ou apontaram do alto dessa “torre ufológica” que alcançamos. Não deixando que o “vento” ou desacordos pessoais atrapalhem uma linguagem universal que nos foi presenteada. Não somos nem maiores nem menores que os visitantes de outros orbes, somos apenas seres carentes de informações, estamos em processo de aprendizagem, evoluindo e capazes de entender a verdade quando esta nos for revelada ou descoberta.  

 

* Flávio Tobler  é membro da UPUPI, Técnico eletrônico, Geógrafo e especialista.
Outros artigos acesse: http://www.upupi.com.br/

Contato: flaviotobler@hotmail.com

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OUTUBRO-2006